domingo, 28 de janeiro de 2018

Coleção das Peças Assinadas pelo Autodidata Luiz Mariano:

Cadeira Leque - Primeira Criação (Retalhos de MDF)

Sou Luiz Mariano, 37 anos, nascido e criado em Santo André ABC Paulista.
Na virada do milênio, com 20 anos, eu montei minha marcenaria num barraquinho 3x3m na frente da casa da minha mãe na comunidade CruzadoII no Jardim Santo André e não parei mais. O foco inicial foi, e ainda é, fazer móveis projetados sob medida, mas por brincadeira acabei desenvolvendo este hobby de fazer peças artísticas de mobiliário utilizando sobras de material da marcenaria e madeiras achadas na rua, no lixo, nas caçambas, no mato... Isto passou a ser uma atividade muito prazerosa que me ajudou muito a controlar minha ansiedade, pois sou uma pessoa exageradamente ativa e atiro pra todo lado, kekeke, to sempre inventando moda.

Minha proposta com as peças artísticas sempre foi gastar pouco ou zero aproveitando os materiais disponíveis seguindo a natureza dos mesmos, ou seja, intervindo o mínimo possível além de assumir um traço despojado e provocativo. Gosto de brincar com o senso comum e quebrar pequenas regras propositalmente. Gosto da intervenção da geometria sobre as formas orgânicas, ou seja, peças geométricas de madeira maciça somadas aos troncos, galhos e raízes. Como também adoro brincar com conceitos, mesmo quando estes não apresentam resultados estéticos extraordinários.

Minha primeira criação é a Cadeira Leque que está na capa desta publicação. É uma peça executada na tupia copiadora usando 100% retalhos de MDF dos móveis sob medida. Como podem ver, fazer uma peça artística utilizando o MDF, que é um material industrializado sem valor artístico agregado, foi a minha primeira provocação, deu o que falar, hehehe.

Com esta publicação encerro a Coleção 2017 que inclui as peças executadas anteriormente. 25 peças ao todo, mas existem vários estudos em 3D que vou deixar ocultos enquanto não forem prototipados. Como é uma atividade extra, minha produção é limitada e despretensiosa. Faço porquê sei fazer e gosto de fazer, mas já andei vendendo algumas peças e presenteando parentes com outras. Estou engatinhando e não tenho pressa de levantar e sair correndo. kkkk

Até o fim do ano apresento a coleção 2018, aguardem...

Aparador Nice (Peroba Rosa, outros e MDF Laca Amarela)

Banco Centauro (Raiz e Peroba Rosa)

Banco do Paraíba (Assento de Crochê)

Banco Erótico (Madeiras encontradas em entulhos pelas ruas)

Banco Gafanhoto II (Peroba Rosa e Roxinho encontrados no Barranco)

Banco Pantera Azul (Poste Antigo de Favela Naturalmente Oco)

Banco de Eucalipto (Escoras de Obra)

Baqueta de Retalhos de MDF e Fita de Borda

Cadeira CDHU (Tudo retirado do lixo)

Cadeira Lamartine (Tronco encontrado jogado no mato)


Cadeira Poletta
(Sobras de Cedrinho, Compensado com Topo Aparente e Folha de Rádica)

Luminária Bipolar (Galhos e CX de MDF)

Luminária Coral (Galhos e Grades de Cama Velha)

Luminária Piramboia (Sobras de Cedrinho)

Mesa de Centro FX (Formas criadas por uma Função de X de Primeiro Grau)

Mesa de Centro GEO (Geometria aplicada)

Mesa de Centro Pé de Galinha
( Tronco infestado de Cupim posteriormente queimado e MDF Laca Amarela)

Mesa de Centro Sushi (Eucalipto Escora de Obra)

Mesa Pitanga (Raiz de Pitanga Encontrada na Rua)

Mesa X  (100% Retalhos de MDF)

Suporte para Flores ou Skate, rsrsrs (Galhos encontrados no Barranco)

Suporte de Vinho Pitanga (Parte da Raiz de Pitanga Encontrada na Rua)

Trono do Caçador (Troncos de Goiabeira Encontrado na Rua)

Tábua de Carne Yara
(Peça criada para a Arquiteta Yara Cianci que foi parar na Casa Cor SP 2017)

Luiz Mariano
Autodidata apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, arte, filosofia, ... Pela vida!



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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Fablab / Clube do Arduino - Filosofia do Código Aberto em Prática:



Clube de interessados e entusiastas em Arduino sediado no Fablab livre SP da Galeria Olido.
-- Reuniões --
Local: Fablab da Galeria Olido
Data: toda quinta
Horário: das 14h às 18h
Quem pode participar? Quem sabe e quem não sabe sobre Arduino. Quem tá afim de aprender, dividir conhecimentos, projetos e fazer coisas piscarem, girarem, falarem e tudo mais que se possa imaginar com um Arduino.


Fablab / Clube do Arduíno SP - Curta o Grupo no Facebook

Visita à Oficina - Galeria Olido - 18/01/208 - Quinta:

Hoje a convite do amigo arquiteto, Sérgio Hespanha, que está entusiasmado por ARDUINO... Fui lá em São Paulo do lado da Galeria do Rock conferir o trabalho espetacular deste grupo que segue a filosofia do código aberto, ou seja, um ambiente onde ninguém esconde o ouro e todos trocam conhecimento técnico livremente além dos debates corriqueiros sobre os mais variados temas relacionados ao trabalho e interação entre as gerações. Na mesma roda de samba estava representantes da geração X, Y e Z trocando ideias, ouvindo e falando, engenheiro, arquitetos, estudantes, marceneiro, hehehe. Multidisciplinar de fato! 

Fomos muito bem recepcionados pelo pessoal e tivemos uma aula de LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO e um longo debate de ideias com o Engenheiro Químico, Sr. Carlos, que é um entusiasta do Arduíno, que trouxe um protótipo de um aparelho multitarefas que exigiu uma programação mais complexa. Ele passou o endereço de sua página (Link AQUI) onde explana com detalhes um outro projeto.

O que me deixou mais impressionado foi o espírito colaborativo e inventivo do ambiente, lembrou muito a moda do "Faça você mesmo!" que dominou os grupos de MARCENARIA nas redes sociais, porém com uma pegada mais séria e técnica a meu ver.

Nos debates um ponto que fiz questão de levantar é que no universo da marcenaria já estamos bem avançados nesta filosofia de difundir conhecimento livremente, critico a qualidade e as intervenções manipulativas dos fornecedores no meio assim como a ação das agências de marketing via fakes, mas no meio do joio há o trigo. Mas no universo do DESIGN e da ARQUITETURA precisamos urgentemente quebrar tal barreira que tem como agravante a presença do egocentrismo acadêmico, visão exacerbada sobre direitos autorais e reserva de mercado, entre outros. Todos concordaram!

FAÇAM UMA VISITA!!!

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O que é Arduino?

Arduino é uma placa que consegue ler informações de botões e sensores de vários tipos como movimento, som, luminosidade, umidade e, através de um processamento, transforma em saídas para controlar luzes, motores e outros atuadores. Esse processamento é feito através de um código que você pode criar para controlar seu projeto! 
Utiliza uma comunicação USB de fácil manipulação.




Do que se trata a Fablab?

O Fab Lab Livre SP é uma rede de laboratórios públicos - espaços de criatividade, aprendizado e inovação acessíveis a todos interessados em desenvolver e construir projetos. Através de processos colaborativos de criação, compartilhamento do conhecimento, e do uso de ferramentas de fabricação digital, o Fab Lab Livre SP traz à população de São Paulo a possibilidade de aprender, projetar e produzir diversos tipos de objetos, e em diferentes escalas.

Os laboratórios são equipados com impressoras 3D, cortadoras a laser, plotter de recorte, fresadoras CNC, computadores com software de desenho digital CAD, equipamentos de eletrônica e robótica, e ferramentas de marcenaria e mecânica. Os Fab Labs Livre SP contam com uma equipe dinâmica que incentiva o aprendizado compartilhado e a criatividade através do fazer, realizando cursos e orientando o desenvolvimento de projetos.

Frutos de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia da Prefeitura Municipal de São Paulo e o Instituto de Tecnologia Social, os Fab Labs Livre SP são abertos e acessíveis a todas as pessoas que tenham interesse em aprender, desenvolver e construir projetos coletivos ou pessoais, envolvendo tecnologia de fabricação digital, eletrônica, técnicas tradicionais e práticas artísticas.

São oferecidas oficinas, cursos e palestras, disseminando a produção do conhecimento em tecnologia, ciência, arte e inovação. Através de um processo humanizado as atividades de ensino estimulam o compartilhamento da informação e construção coletiva de ideias. Os Fab Labs Livre SP democratizam o acesso às novas tecnologias de fabricação digital, disponibilizando à população ferramentas tecnológicas de última geração e vivência em grupo em um ambiente colaborativo e inovador.

Ao todo são doze laboratórios que integram a Rede Publica de Laboratórios de Fabricação Digital, abrangendo todas as regiões do Município de São Paulo. A rede de laboratórios Fab Lab Livre SP objetiva fomentar o desenvolvimento de ideias criativas e inovadoras que beneficiam a comunidade e o surgimento de novas oportunidades profissionais.

(Fonte: SAIBA MAIS / LINK)

Amostras de Corte à Laser

Peças cortadas pela Router CNC

Amostras do Potencial da Impressão 3D

Máq. Corte à Laser


Luiz Mariano
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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

O que é DESIGN??? A eterna guerra dos termos...



Num debate em nossa página no Facebook, madearBrasil, como sempre as divergências em relação ao que é ou não design entraram em voga...
Tava eu me deslumbrando com os paranaues do dyzainy de cunho artístico autoral, meu hobby aliás, quando o professor de design de produto Marcelo de Resende da UEMG postou uma observação (entenda como provocação, rsrsrs, puxada de orelha mesmo!):

"Não confundam design com artesanato ou arte. Design implica necessariamente em produção seriada a partir de conceitos planejados." (Marcelo Resende)

Confesso que me senti honrado pela provocação, pois adoro debater o que eu não entendo com quem entende da coisa. kkkk Sou maluco, eu sei! Sempre fui, sou um millennial do caralho, comportamento típico dos mesmos isso. hehehe "NORMAL"!

Luiz Mariano:
"Concordo e não concordo.... Design possui várias vertentes.... O autoral de cunho artístico transcende esta filosofia modernista da produção em série, foco, força e fé, volume, eficiência e tal........ Ele caminha no muro que divide o design por ti citado e a arte. Não possui barreiras, quebra regras e cria outras. É o campo das experimentações, da provocação dos sentidos, da percepção em terceirirade. Um jogo de erro e acerto, fazer coisas ridículas que todo mundo curte e coisas fantásticas que ninguém liga. Kkkkkkk AS COISAS SÃO ASSIM..... O autoral provoca egos e vende status, porém a proposta aqui é reverter está situação e passar a vender status e provocar egos, apenas pra fazer diferenTIM! Kkkkkkk... Ou não!"

Marcelo de Resende:
"Para fazer diferente invente outro termo pq design é outra coisa."

Luiz Mariano:
"Seria uma opção! Como também seria outra opção aceitar que o design é um termo amplo utilizado para especificar, ou melhor, generalizar várias linhas de atuação inter-relacionadas. A grosso modo é como você dizer que design de produto é design de verdade, design gráfico é questionável e design de interiores é decoração, coisa assim. Design se tornou um Deus, cada um tem o seu e o interpreta ao bem querer. Fato fractal áureo.
O que posso fazer para me redimir é fazer uma matéria no Blog tentando elucidar as diferentes vertentes do design e sub-vertentes, ou especializações e tal.... Não posso afirmar, por exemplo, que o design não está contido na cenografia, e vice-versa, são intrínsecos e tal..."

Segue o print da curta conversa que motivou este post aqui no Blog e a tentativa de desmistificar o tema:












Detalhe: Isto segue minha proposta de usar as redes sociais para algo mais. (...)

O que é DESIGN?

Ao ler o artigo do site Wikipédia que define o que é design passei a entender melhor a provocação do Marcelo de Resende, pois tudo o que ele falou está lá estampado:

"O design [dizáin][1] é a idealização, criação, desenvolvimento, configuração, concepção, elaboração e especificação de artefatos, normalmente produzidos industrialmente ou por meio de sistema de produção seriada que demanda padronização dos componentes e desenho normalizado. Essa é uma atividade estratégica, técnica e criativa, normalmente orientada por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema." (Veja Mais)

Como sempre os acadêmicos seguem suas cartilhas, mais do mesmo, SEMPRE! hehehe
Mas o próprio artigo admite que existem abordagens diferentes que coexistem atualmente. Fica evidente que aqui no Brasil os designers de produto, outrora denominados desenhistas industriais, foram os primeiros a adotar o termo "design" e com isso ficam ressentidos com a proporção enorme de novas vertentes que se apoderaram do termo causando uma generalização e banalização total do mesmo.

Ao pesquisar melhor podemos concluir que o termo "design" abraça duas significações, uma abstrata que se refere ao ato de designar, criar, planejar... Outra concreta que se refere ao ato de desenhar, porém o desenho como parte do processo criativo na criação de produtos e soluções.

É neste sentido que continuo a defender o design de cunho artístico autoral como sendo sim uma legítima vertente do DESIGN, pois segue a essência do design de aliar forma e função transcendendo tudo para uma reflexão em terceiridade provocando todos os sentidos dos observadores/usuários. Pode ser peças únicas como peças produzidas em pequena escala de forma artesanal, semi ou totalmente industrial. Fogem da classificação de arte pelo fato de possuírem uma forte preocupação funcional embutida.

Outras opiniões... 

=> Paulo Oliveira, designer de interiores:<=

Fui trocar ideia com o professor de Design de Interiores, Paulo Oliveira, de Londrina - PR via Messenger e finalmente tivemos uma conversa produtiva, minha proposta é coletar a visão do que é ou não design no ponto de vista de cada uma das vertentes reconhecidas como design de fato...

Paulo Oliveira:
"De forma bem rápida, contrapondo os argumentos dos dois: Podemos dizer que design, na forma como ele coloca, pode ser entendido como desenho industrial 'ipsis litteris' (pelas mesmas palavras). Esse sim tem produção seriada e em larga escala. O Design atual não tem essa necessidade pois os usuários estão cada vez mais individualizados cabendo, portanto, criações específicas, únicas, autorais e que vão muito alem do design assinado fruto de 'Status Quo'." 

Luiz Mariano:
E o design pelo ponto de vista apenas de interiores?

Paulo Oliveira:
"Entra nisso que escrevi sobre o design não industrial. Afinal, devemos considerar as necessidades e particularidades de um usuário (ou um grupo familiar ou de clientes) com um projeto exclusivo, autoral e único baseado nas metodologias, técnicas e conceitos do DESIGN."

Luiz Mariano:
Você diria que o individualismo assim como a preocupação com a evolução espiritual voltou com força total neste contexto pós-moderno contemporâneo ..... e que o designer de interiores está mais antenado nestas novas tendências comportamentais???

Paulo Oliveira:
"É realmente um traço importante nos projetos de interiores porém não só esse. Os principais são a segurança, o bem estar, a ergonomia - plena - e o pertencimento (eu/identidade) nos espaços para todos os usuários. Os DInt sempre se preocuparam com isso tudo Mariano. Quem passa por cima e faz modinha são os arquitetos que fogem da construção civil e fazem decoração."

Luiz Mariano:
Acredito que o design de interiores de certa forma rompeu com a filosofia modernista, você concorda? Que ele atende uma demanda mais exclusiva, sob medida... Ele adéqua soluções criadas para o coletivo....enquanto o DP x Produção em Série cria soluções coletivas... desprovidas de personalidade individual e tal.....

Paulo Oliveira:
"Sim. Por isso estilos pouco importam para a gente. Conhecemos, identificamos elementos mas não impomos nada Afinal, o espaço é do usuário e não nosso ou para capas de revistas.
O argumento do Marcelo de Resende é perigoso. Ele exclui profissionais renomados e premiados internacionalmente apenas porquê suas produções não são seriadas. Vide Maurício Azeredo.
Design é um aglomerado de conhecimentos, metodologias e técnicas especificas, geralmente com foco no usuário e na identificação e solução de seus problemas. Podem ser aplicados em diversas áreas de diversas formas como temos visto atualmente, incluindo a educação onde temos o design Thinking/ design de serviços/ instrucional/ interiores e ambientes/ etc mudando as escolas e a forma de ensinar. A questão de necessariamente ter de ser industrializado para ser design é uma visão antiga, ultrapassada e egocêntrica que não cabe mais na atualidade."

Vejam essa matéria da Habitus sobre o surgimento do Design Assinado nos anos 80. Fala do Maurício Azeredo entre outros nomes consagrados do mobiliário autoral brasileiro=> (AQUI!!!)


=> Marcelo Barros, designer gráfico:<=

O Marcelo Barros, designer gráfico do Rio de Janeiro, aceitando o convite para participar deste tópico postou suas opiniões na página madearBrasil e tivemos um breve debate:

Marcelo Barros:
"Olá Luiz Mariano e Marcelo de Resende tentarei dar meus "pitacos" aqui, trazendo livremente minhas opiniões:
Arte é diferente de Artesanato que é diferente de Design que é diferente de Arte que é diferente de Artesanato...
Como o Marcelo de Resende disse antes:
"Não confundam design com artesanato ou arte".
"Design implica necessariamente em produção seriada a partir de conceitos planejados".
Design é Projeto e com específica intenção de ser industrializado!
Porém existe uma "incerta" união de várias áreas!
E pelo que percebo, em outros países, como também aqui no Brasil, o "Design" é um termo amplo.
Porém aqui ainda percebemos o "Design" como algo banal, que se aprende em qualquer lugar, pra se criar/fazer qualquer "coisa"!
Ou então percebemos o "Design" como "Lindo", "Arrojado", com alto teor de beleza, chamado então de "Arte"!
- Design é a criação de "algo", com base em conceitos de Projeto (planejamento esquemático), ou seja tendo "necessariamente" uma base industrial, e que deverá ter a finalidade de ter uma produção seriada.
- Arte é a criação de "algo", com ou sem Projeto, e com nenhuma intenção de ser industrializado, ou seja "NUNCA" deverá possuir a intenção de ter uma produção seriada.
Artesanato é a criação de "algo", com Projeto, e que deverá possuir a intenção de ter uma produção seriada/industrializada de modo "caseiro"."

Luiz Mariano:
Porém onde o design gráfico se enquadra nesta visão? Tendo em vista que também é design.... E as novas vertentes atreladas ao gráfico? E você concorda com está visão de atrelar totalmente o design à indústria x produção em série? Não há design fora dos portões das fábricas?

Marcelo Barros:
"O Design é a função/profissão de quem é/era formado em ''Desenho Industrial'', como os antigos Designers. Pois o termo ''Design'' foi especificamente dado aos profissionais formados por uma Instituição daqui do Rio de Janeiro, a ''ESDI'' (Escola Superior de Desenho Industrial).
Porém pode ser também a Cadeira ''Design'' de quem estuda Comunicação Social."


Luiz Mariano:
Então as novas vertentes se apoderaram indevidamente dos termos: design/designers?
Por esta lógica até os DG se encontram fora da Lei e da Ordem? Rsrrs 
E tal termo não possui origens externas? Quais?
Marcelo Barros: 
"Design nunca estará desassociado da indústria, pois ele só é ''Definido'' pela Produção em Série!
O que costumam chamar de ''Design'' atualmente NÃO é Design, é somente ''Desenho'', ou melhor, um ''Desenho Arrojado, ou Requintado, ou Elegante (ou seja, só bonito)''!
Design tem função, um objetivo definido de comercialização, ou seja de promoção, de marketing.
O termo Design é bastante interessante e complicado pra se traduzir, porém deve-se percebe-lo no âmbito do Marketing, no de projeto com função objetiva e comercial. E não no de desenho meramente ilustrativo, ou de beleza."

Luiz Mariano:
Genérico!!!! Se o Marcelo de Resende tivesse afirmado que isso não é design de PRODUTO com raízes Bauhauenses de lá Tcheraaa, eu não iria polemizar, mas.... Deu pano pra manga.... Kkkkk Design não é estático! Está em evolução contínua.... Na verdade essa é sua maior missão! Está mais voltado às necessidades humanas individuais, mais próximo do ser do que a Arquitetura que é algo mais voltado ao uso coletivo.....O design de produto também segue esta filosofia modernista de tentar forçar soluções universais ao maior número de indivíduos possíveis, padronizar medidas, por exemplo, num universo que não segue padrão algum, .....Mas gostei da discussão.... Antes de falarmos de Design no Blog e aqui na página devemos primeiramente reverenciar os espíritos ancestrais, se é que me permite a metáfora.... Vamos elucidar as origens do design e suas posteriores ramificações. Hehehe Em breve! Aguardem!!!

Marcelo Barros:
"Design não é estático! Está em evolução contínua!
Porém o Design é um dos ''frutos'' da Revolução Industrial.
Hoje tem vários estilos, desde o mais barato até o mais caro.
Porém está voltado, e sempre esteve, a atender as necessidades humanas globais, porém atualmente dizendo serem ''individuais'', voltado prioritariamente ao uso coletivo.
Todos os ''Designs'' seguem a filosofia de encontrar a melhor solução de usabilidade/aceitabilidade pelo maior número de indivíduos possíveis, padronizando tudo.
E isso pra ser aplicado em massa. Industrializado.
Pode ''parecer'' orientado às necessidades individuais, porém isso é só pra encarecer o produto/serviço, tentando se ''assemelhar'' a Arte."


Luiz Mariano:
Não concordo! Design de interiores, por exemplo, rompeu com esta filosofia modernista e segue o conceito dos móveis sob medida, onde processos e conceitos da indústria são adaptados à produção de soluções que atendem as necessidades individuais de cada caso ou até de cada usuário, como do cliente deste cliente quando tratamos de projetos corporativos ou comerciais. ......... Costumo dizer que segue uma filosofia pós-modernista onde Menos é muito Pouco!!! Tal atuação é também uma vertente do design que coexiste com o desenho industrial...... DG já um caso a parte que dá suporte a todas as demais vertentes, um comunicador.

Marcelo Barros:
"Você fala sobre móveis sob medida ser um projeto individual?
Ok. Me diga o que é o ''Cartão de Visita'''?
Posso ter a total liberdade na criação dele? Ou só posso me utilizar das ''formas'' específicas à ele? Como fontes? Tamanhos de fontes? Escolher as Formas (retangulares, circulares, lineares...)? Escolher as cores? Escolher Figuras?..."

Luiz Mariano:
Móveis sob medida utiliza design, mas não é definido como tal.... Usei para exemplificar o conceito........... E DG é um caso à parte.... Sim! Ele cria soluções "sob medida" também! Criar marcas, identidades e tal..... Nada a ver com produção em série de soluções universais. Passamos a girar em círculos aqui. Estamos falando a mesma coisa com símbolos arbitrários (palavras, rsrrs) diferentes.


Conclusão FINAL: 

Cada um pode e deve tirar a sua própria conclusão, mas no meu entender há uma disputa entre reacionários e revolucionários do design e um esforço cada vez maior de atrelar ao termo um ar de seriedade técnica para com isso tentar agregar valor e doutrinar o senso comum que entende o design como sendo apenas uma preocupação estética ou/e artística, desprovido de um estudo mais elaborado.
Acho isso importante, mas de forma alguma o trabalho de profissionais sérios que dedicaram e dedicam suas vidas às novas vertentes deve ser desprezado. 

O PRECONCEITO contra o que é novo deve ser COMBATIDO!
Assim como o preconceito contra o DESIGN e os DESIGNERS!!!

A meu ver basta deixar claro ao grande público que há varias vertentes do DESIGN coexistindo e mostrar o valor de cada uma delas separadamente.

O design de cunho artístico autoral de peças únicas ou em escala limitada, principalmente no mobiliário, é uma nova modalidade que está ganhando destaque na mídia e isso está gerando desconforto, mas obviamente este veio pra ficar e terá seu lugar ao sol. 

E digo mais...
E o famigerado design que foca o belo pelo belo não deixa de ser design também, apenas possui um enfoque diferente que atende uma demanda efêmera, líquida, fluída, supérflua, modista... Mas movimenta um estrondoso capital, e dinheiro é coisa séria, logo... 

O design já é um termo bastante valorizado, mas os designers também são?


Luiz Mariano
(Autodidata apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, arte, debate, filosofia,... Pela Vida!)
www.marianomoveis.com.br

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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

O dinheiro deixou de ser a coisa mais importante para ser apenas importante, necessidade básica:

Escrevi este texto numa postagem na página no Face indexada a este Blog, madearBrasil, que acabei gostando bastante e achei melhor arquivar aqui para usar em futuros de debates e dividir com mais gente tal conceito.

Distraídos venceremos... hehehe


Vou contar um segredo: Quanto mais você se preocupa em fazer aquilo que dá dinheiro, menos dinheiro você ganha. Minha proposta, como bom millennial que sou, é romper com a filosofia modernista e passar a se preocupar mais com atividades que dão prazer e menos com as que pagam as contas.

Tem que trabalhar e pagar as contitas? Sim, claro! Mas ficar o mês inteiro focando todo o seu pensamento apenas nisso, preocupado, estressado, neurótico, ansioso, desmotivado, cansado, depressivo, etc...; não funciona e demonstra imaturidade.
Adultos de verdade, maduros, fazem o que tem que fazer e pronto! Sem mimimi, seguros, na certeza, na confiança, na verdadeira fé, pois quem tem fé não fica se preocupando, confia em Deus e sabe que o que tem que ser seu será seu, basta fazer o que se prestou a fazer.

Costumo sempre dizer que a proposta é de que o dinheiro deixe de ser um anjo ou demônio, a coisa mais importante da vida, e passe a ser tratado como algo importante, porém uma mera necessidade básica como beber água ou dormir. Você não passa o dia inteiro se preocupando que tem que beber água, se fica com sede apenas bebe e pronto, assunto resolvido, coisa assim, segue esta analogia a proposta...

Minha geração tentou transformar o trabalho numa atividade de lazer, em minha opinião se perderam no conceito, pois bastava passar a ter prazer com o trabalho sério, quebrar este preconceito arquétipo herdado das gerações anteriores de que o trabalho é um sacrifício e penalidade... Mas os idiotas embarcaram nessa modinha de escritório playgroud estilo google como sendo o modelo a ser seguido e se FUDERAM gostoso, pois pra que sair do escritório para relaxar com a família, amigos ou sozinho se podemos relaxar o tempo todo TRANCADO num escritório bombadão TOP TOP de mais, dahora mesmo, né? kkkkkkkkkkk

Pois bem... Minha proposta de transformar o lazer numa atividade de negócio paralelo, uma complementação de renda segue um molde mais atualizado e no fim uma mera desculpa para alimentar uma necessidade dos seres humanos que é latente no brasileiro: EMPREENDER!!!
Continue a trabalhar naquilo que dá dinheiro garantido, pague suas contas, mas foque seu pensamento em algo que te dá prazer e pode ou não dar dinheiro, simples assim. Sem pressa, sem neura, sem cobranças de si para com si e de si para com os outros e vice-versa.


Quem quiser saber mais sobre o Projeto Áquila mencionado acesse AQUI!!!



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